quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Piso Baixo & Cabritinho

Saudações busólogos de plantão!

Trago hoje pra vcs dois veículos que rodam em Belo Horizonte. A esquerda temos um belo Torino 99 B7R piso baixo prestes a ser aposentado e um Apache VIP2 OF1722M novo no sistema. Se em BH tivessemos veículos como o Torino da esquerda justificaria pagar uma passagem de R$2,45, mas tendo em vista que os veículos que estão chegando em BH são como os da esquerda o preço da passagem deveria cair um bocado. Digo isso porque a manutenção de veículos leves é mais barata, seu preço de revenda é alto, o consumo de combustível é baixo, o desgaste das peças é menor e o preço de aquisição é muito menor. Com a maldita lei da média de idade da frota em BH a cabritização foi consolidada, pois para uma empresa como a Rodopass ter uma frota de cabritos com média de idade de 2 anos, como realmente tem, é muito mais viável que ter uma frota como a da Expresso Radar (mesma empresa, só que com o nome antigo) composta de Urbanuss piso baixo L94UB e B7R, Urbanus II B58Eco e OH1621L, monoblocos 0-371U e Torino 99 B7R curto mesmo aposentando eles com 10, 12, 15 anos de uso. Isso ocorre porque as empresas mantendo sua frota nova revendem seus veículos por um preço alto e não gastam com manutenção, logo a tática da empresa é rentável!

Eu não sou muito a favor de reencarroçar veículos, mas no caso de veículos como o Torino  B7R da foto abro uma exceção, pois seria um desperdício muito grande um chassi desse parar num desmanche. É algo irreal pra qualquer cidade no Brasil, inclusive São Paulo, Porto Alegre comprar indiscriminadamente pisos baixos e depois de 10 anos "jogar fora" (vender a preço de banana para um desmanche). O preço deles é aproximadamente 3 vezes maior que o preço de um cabrito de 12m. São Paulo, por exemplo, não tem pisos baixos a toa, e repara que o preço da passagem lá é absurdo e qualidade do serviço ainda é sofrível! Andar de ônibus lá é tenso! Mas vamos deixar São Paulo pra outro capítulo. Reencarroçando um veículo como esses dá para otimizar melhor o espaço interno e manter os benefícios que só os piso baixo oferecem, até porque quando a gente fala em acessibilidade não nos referimos exclusivamente aos cadeirantes, mas todas as pessoas com mobilidade reduzida. Atualmente, como estou com o joelho machucado, eu me enquadro nessa categoria. Minha avó, idosa, que já teve problema no joelho, também se enquadra. O piso baixo para quem tem mobilidade reduzida é o que há.

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Respondendo ao questionamento do Douglas no post anterior:

Em Curitiba primeira letra do prefixo dos carros refere-se a empresa, a segunda refere-se ao tipo de linha que ele realiza se é troncal, interbairros, comum, ligeirinho, alimentador, bi-articulado, etc.
Nas linhas metropolitanas os dois primeiros números indicam a empresa, a letra indica o tipo de linha que ele faz e os dois ultimos algarismos apenas servem pra identificar o carro.

Repara essa lista de ligeirinhos:
AL---   Auto Viação Marechal
BL---   Transporte Coletivo Glória
CL---   Auto Viação Nossa Senhora da Luz
DL---  Empresa Cristo Rei
EL---   Auto Viação Nossa Senhora do Carmo
GL---  Viação Cidade Sorriso
HL---  Auto Viação Redentor
JL---   Auto Viação Água Verde
LL---   Auto Viação Curitiba
ML---  Auto Viação Mercês

Metropolitanos
15L--  Leblon Transporte de Passageiros
16L--  Viação Tamandaré
17L--  Expresso Azul
18L--  Auto Viação Santo Antônio
19L--  Transporte Coletivo Araucária 
20L--  Auto Viação São josé dos Pinhais
21L--  Auto Viação São Braz
22L--  Viação Campo Largo

Bi-articulados
  BD---   Transporte Coletivo Glória
  GD---  Viação Cidade Sorriso
  HD---  Auto Viação Redentor
  LD---  Auto Viação Curitiba

Metropolitanos
16D--  Viação Tamandaré  
17D--  Expresso Azul
18D--  Auto Viação Santo Antônio
19D--  Transporte Coletivo Araucária

Espero que gostem!

2 comentários:

  1. Realmente é de partir o coração mandar um desses para o desmanche.
    E na SC04 ea para ser uma linha com bastante articulado, já que ela liga os Hospitais à Rodoviária, logo temos de tudo nessa linha, idosos, cadeirantes pessoas com malas etc....
    Elevadores nem sempre funcionam adequadamente e às vezes quem necessita do elevador acabem ficando incomodados já que muitas vezes pessoas desinformadas os olham culpando pelo motivo do atraso da viagem...

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  2. Valeu Guilherme pelos esclarecimentos, meio que confusa essa identificação dos ônibus. Creio que se utilizassem de 6 algarismos seria bem mais interessante, tipo o primeiro identifica o tipo de serviço, os dois seguintes a empresa e os 3 últimos a identificação do veículo.

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